O cavalo Mangalarga se originou há cerca de 200 anos no sul de Minas Gerais, por meio do cruzamento de cavalos da raça Alter, que foram trazidos de Portugal com cavalos da região brasileira. Os Alter têm como base genética o Andaluz, de origem espanhola, que confere todo o desempenho de marcha, elegância, resistência e docilidade dessas raças em questão. O nome “Mangalarga” teria sido dado por um proprietário de uma fazenda chamada Mangalarga que ficou apaixonado pelos novos cavalos habitantes no Brasil, logo esses animais foram se espalhando por diversas regiões do país e adquirindo habilidades extras com o melhoramento genético, assim surgiu; Mangalarga Marchador ou Mangalarga de marcha trotada. Esse cavalo de sela brasileiro possui, provavelmente, a marcha mais confortável do mundo, onde quem o monta não sente o impacto de suas passadas, já que o animal mantém três membros apoiados no solo ao invés de dois. É possível perceber que durante seus passos ele desenha um semicírculo com os membros anteriores e usa os posteriores para impulsionar, alternando os apoios no sentido diagonal e lateral, assim, ele consegue suavizar a marcha no tríplice apoio e fazer com que essa andadura seja única. Atualmente, os novos cruzamentos originaram mais dois tipos de marchas; a marcha batida e marcha picada. Durante a marcha batida, os apoios diagonais são maiores do que os laterais e tríplices. Já na marcha picada, os apoios laterais e tríplices são maiores do que nas diagonais. Além da marcha excepcional, o Mangalarga possui outras qualidades muito almejadas no meio rural. Dócil e ativo, ele pode ser montado por pessoas com pouca experiência equestre, qualquer faixa etária e de fácil manejo. Sua resistência também contribui para a sua grande fama no trabalho, capaz de completar longas distâncias e enfrentar obstáculos com inteligência, além de ser altamente adaptável a qualquer clima e relevo. Portanto, o cavalo Mangalarga tem conquistado grande espaço em centros de equitação, feiras agropecuárias, leilões e fazendas; por ser um animal de excelente performance e versatilidade.
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Morfologia da raça: Origem: Brasil Altura: 1,47 a 1,60 m Pelagem: Tordilha, Castanha, Alazã, Ruã e Pampa (Mais frequentes). “Destacam-se sua cabeça longa e seus olhos escuros, grandes e inteligentes. A espádua é oblíqua, e a cernelha, saliente. Seu dorso é curto, seu lombo forte, sua garupa arredondada e musculosa, com a cauda de inserção baixa. Suas pernas são longas e resistentes. Um cavalo de sela excelente para passeios e cavalgadas, o Mangalarga Marchador também se sai muito bem em provas de enduro e resistência.”
Quarto de Milha | Isabela Cristina
A raça Quarto de Milha é a mais popular em seu país de origem, os Estados Unidos da América, aonde, no início dos anos 1600, colonos ingleses passaram a cruzar éguas Puro Sangue Inglês com cavalos nativos (conhecidos como mustangues), originalmente espanhóis. A intenção desses cruzamentos iniciais era criar animais ideais para a lida do gado. No trabalho do vaqueiro, o animal se especializou a ponto de tornar-se imbatível nas atividades de campo. Ele apresenta uma altura média de 1,52 metros, uma cabeça pequena e um corpo muito forte. Possui um pescoço muito musculoso, peito profundo e ombros caídos. Sua cabeça é relativamente pequena, olhos arregalados e orelhas pontudas, mostrando que eles estão sempre alerta. Suas pernas são firmes e musculosas, no entanto suas patas são desproporcionais para o seu tamanho. Ele mede mais ou menos 15 palmos de altura (considerando que cada palmo equivale a quatro polegadas). Sua cor mais comum é a cor de canela (ou castanha). É muito normal ver manchas de outras cores nas pernas e no rosto do cavalo, normalmente manchas brancas. Como resultado de sua conformação física, a principal característica da raça é a potência de seus músculos traseiros fortemente desenvolvidos. É o que lhe garante as explosivas arrancadas de que é capaz. Além das atividades campestres, também é muito utilizado nas provas de hipismo rural, devido ao domínio que o animal apresenta nos movimentos e nas paradas, assim como a habilidade de girar em torno de si mesmo. Apresenta alta docilidade, o que lhe concede a preferência nos desfiles e nas paradas militares, e utilização em atividades de equoterapia, um tratamento para o corpo e a mente, que faz uso de cavalos, tanto para pessoas adultas como para crianças.
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No Brasil, a história do Quarto de Milha começou no ano de 1955, com a importação de 6 animais pela empresa Swift-King Ranch. Originários de sua matriz norte-americana, a famosa King Ranch, no Texas, a maior fazenda dos EUA, os animais logo despertaram o interesse de diversos potenciais investidores. Alguns anos mais tarde, em 15 de agosto de 1969, foi fundada a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), no Parque da Água Branca, em São Paulo. Ainda hoje, a ABQM funciona no mesmo local. Até o início de 2017, o plantel da raça junto à associação registrava mais de 500 mil animais no Brasil, distribuídos por todos os estados brasileiros. Segundo os registros oficiais, nos últimos 5 anos, foram comercializados mais de 27 mil animais, totalizando mais de R$ 1 bilhão. A média de preço por animal no Brasil hoje é da ordem de R$ 43 mil. São animais muito utilizados nas vaquejadas do nordeste brasileiro.